Tendências do e-commerce: o que esperar para 2023!

Experiência omnichannel cada vez mais otimizada, social commerce e serviços de assinatura estão entre as tendências do e-commerce para 2023. Vendas em Marketplace, ferramentas que agilizam o processo de compra e meios de pagamento instantâneos, também prometem desenhar o mundo do comércio virtual em 2023.

As compras online mudaram muito nos últimos anos, e as tendências do e-commerce continuarão a definir o que é importante em 2023.

Após um ano tumultuado de pandemia, os consumidores brasileiros se sentiram mais seguros em 2022 comprando dentro de suas casas e logo perceberam que isso economizava não só muito tempo, mas também esforço e até dinheiro.

O resultado é que o e-commerce brasileiro passou pelo maior crescimento anual de sua história, segundo pesquisa realizada pela RetailX, que apresentou o Latin America 2022, levantamento que analisou dados do e-commerce em diversos países da América Latina.

De acordo com a pesquisa, a receita das vendas do e-commerce brasileiro cresceu 8,1 bilhões de dólares em 2022 em comparação com o ano anterior.

Para 2023, esperamos que a receita seja ainda maior com o mundo das compras online em constante transformação.

Na lista que separamos neste post, você vai encontrar dados sobre as tendências do e-commerce que prometem desenhar o mundo do comércio virtual em 2023.

Confira!

Experiência omnichannel

Em 2022, não bastou ter uma presença em muitos canais de vendas. As marcas precisaram garantir que suas mensagens estivessem consistentes, atraentes e, sobretudo, conectadas.

Essa é a principal diferença entre o marketing multicanal e omnichannel.

Sabendo que os canais de vendas podem atuar essencialmente de forma independente uns dos outros, se a experiência digital não for planejada de forma holística, as marcas podem acabar oferecendo uma experiência de compra desarticulada ou inconsistente ao cliente.

Uma loja virtual omnichannel torna simples para um consumidor ver um produto no Instagram e, com apenas alguns cliques, fazer um pedido imediatamente no site.

A tendência é que os lojistas bem-sucedidos permitam que os consumidores usem qualquer um de seus canais, em qualquer ponto do processo de compra, pela primeira vez ou pela quinta vez, e tenham uma experiência articulada e perfeita.

Vendas em marketplace

Desde os primeiros marketplaces, esse tipo de loja virtual expandiu sua influência na internet, e os volumes de vendas cresceram de forma incrivelmente exponencial.

Em 2020 e 2021, por conta das medidas de restrição do comércio físico, as vendas nos marketplaces passaram pelo seu melhor momento.

Segundo a 42ª edição do Webshoppers, os marketplaces foram responsáveis por 78% do faturamento de todo o e-commerce brasileiro em 2020.

Os números se mantiveram cada vez mais altos em 2021 e 2022, fazendo com que o interesse em vender nesses sites fosse cada vez maior, principalmente nos gigantes do setor, como Amazon, Magalu e Americanas.

Para os vendedores que têm interesse em criar novos marketplaces no próximo ano, as vantagens também são boas.

Afinal, novos nichos de mercado estão esperando por novas soluções que deem conta das demandas dos consumidores.

Os marketplaces de nicho são plataformas de marketplaces, assim como as convencionais, mas com a diferença de serem direcionadas para segmentos específicos.

Focar em apenas um nicho de mercado pode ser uma estratégia inteligente para diminuir o peso dos concorrentes e segmentar ainda mais campanhas de marketing.

Compras pelo smartphone (mobile commerce)

Nos últimos anos, testemunhamos uma ascensão do mobile commerce. A popularização das compras pelo smartphone foi causada pelo número crescente de aparelhos em todo o mundo, e os dados atuais mostram que essa tendência não vai a lugar nenhum tão cedo.

De acordo com estimativa da Insider Intelligence, empresa de pesquisas sobre o mercado digital, o mobile commerce tende a alcançar quase 620,97 bilhões de dólares até 2024.

Isso corresponde a 42,9% de todas as vendas realizadas no comércio virtual.

Para se adaptar a essa tendência, as marcas precisam apostar em lojas virtuais que tenham um design responsivo.

O consumidor via smartphone deve ser capaz de encontrar e comprar itens na loja virtual com a mesma rapidez e facilidade que o usuário de desktop.

Com a ajuda de uma plataforma que se adapta à tela do consumidor, os lojistas do comércio virtual podem diminuir o índice de rejeição e aumentar o número de conversões.

Aproveite e entenda aqui um pouco mais sobre a tendência Mobile Commerce.

Serviços de assinatura

Criar relacionamentos duradouros será algo crucial para uma loja virtual em 2023.

De olho nisso, muitas marcas estão optando por oferecer serviços de assinatura como uma forma de não apenas reter seus clientes e garantir receitas recorrentes futuras.

O serviço de assinatura elimina da vida dos clientes a necessidade de fazer pedidos manualmente, dando a eles uma coisa a menos com que se preocupar.

Empresas líderes em seus segmentos já estão utilizando os diferentes tipos de serviço por assinatura para conquistarem mais clientes.

A assinatura baseada em serviço, por exemplo, é um dos tipos de serviço de assinatura mais comuns usados por gigantes, incluindo MailChimp e WordPress.com.

Outro modelo que faz sucesso é a assinatura para conteúdos digitais, que permite aos consumidores acessar conteúdos online exclusivos e privilégios reservados apenas a eles.

Gigantes como Netflix, Spotify e Amazon Prime são apenas alguns exemplos.

Se essa tendência for adequada para o produto ou serviço que você vende, aqui está uma excelente oportunidade de oferecer comodidade aos clientes que frequentemente fazem pedidos na sua loja virtual.

Vendas pelas redes sociais (social commerce)

O processo de comprar sem sair das redes sociais, conhecido como social commerce, desempenhará um papel vital na reformulação do comércio virtual nos próximos anos.

A ideia por trás dessa tendência é simples.

As marcas já podem usar o Instagram, o Facebook e o WhatsApp para divulgar e vender seus produtos ou serviços diretamente ao usuário, em vez de depender de uma loja virtual independente.

Estima-se que o social commerce cresça três vezes mais do que o comércio virtual tradicional.

Hoje, as vendas realizadas em redes sociais somam, em escala global, 492 bilhões de dólares, número que deve chegar a 1,2 trilhão até 2025.

Os dados são de uma pesquisa divulgada pela Accenture.

O relatório ainda revela que a tendência das vendas pelas redes será impulsionada pelas gerações Z (nascidos a partir da segunda metade dos anos 90) e Y (nascidos entre 1981 e 1995, chamados de “millennials”).

Juntas, as duas gerações devem corresponder a 62% do público do social commerce no mundo inteiro até 2025.

Ferramentas para agilizar o processo de compra

Otimizar o processo de compra não é uma tendência específica para o ano de 2023, mas uma prioridade para se adaptar ao futuro do comércio virtual como um todo.

As lojas virtuais que otimizam o processo de compra se beneficiam de menos carrinhos abandonados, considerando que muitos clientes abandonam a compra porque o processo de checkout é muito complicado.

Na lista abaixo, confira algumas das tecnologias que podem agilizar o processo de compra das lojas virtuais:

  • página de checkout para convidados — muitas pessoas podem ver a criação de uma conta como um obstáculo para uma compra, e o checkout para convidados permite que os clientes concluam a compra sem inserir detalhes desnecessários, como data de nascimento ou senha;
  • carteiras digitais — há consumidores que abandonam a compra se o site não oferecer determinado método de pagamento. Sua loja virtual pode oferecer a opção de pagar com carteiras digitais, Samsung Pay, Apple Pay ou Google Pay, que incluem o método de pagamento preferido de cada usuário;
  • checkout com 1 clique — com o checkout de 1 clique, os compradores não precisam preencher mais de uma vez informações como e-mail, endereço de entrega e detalhes do cartão de crédito. Clicando no botão de comprar com 1 clique, todas essas informações são consideradas no pedido;
  • selos de segurança — os selos de seguranças reforçam que o cliente pode confiar na sua loja virtual e finalizar a compra. Portanto, você pode exigir os principais selos no processo de checkout dentro do site, como certificados SSL, Site Lock, Site Blindado e Reclame Aqui;
  • suporte via chat ao vivo — é normal que os clientes tenham dúvidas frequentes sobre o processo de compra e os itens do pedido. Então, descubra quais são essas objeções para resolvê-las no processo de checkout. As marcas geralmente fazem isso disponibilizando um chatbot ou uma seção de FAQ.

Se há um ditado para resumir o processo de compra ideal é “menos é mais”.

Menos etapas significam menos atrito para os consumidores, aumentando as chances de conversão.

Por isso, seja uma página de checkout mais rápida, seja um chatbot para responder dúvidas comuns, as ferramentas para as lojas virtuais serão essenciais para conquistar mais clientes daqui para frente.

Soluções logísticas mais rápidas e eficientes

A maioria dos consumidores espera que suas encomendas sejam entregues em tempo hábil, mas eles também querem ter flexibilidade sobre quando e onde recebê-las.

Muitas gigantes já estão transformando essas percepções sobre logística em soluções práticas que prometem ganhar cada vez mais espaço no próximo ano.

O Mercado Livre, por exemplo, criou uma rede de logística própria com soluções integradas.

Dentre as soluções do marketplace, destacam-se as opções de cross docking e o fulfillment, estratégias que tragam agilidade à logística e redução do custo de estoque.

Outra empresa que vem se destacando com uma logística eficiente no mercado brasileiro é a Magalu.

A gigante do varejo já está testando entregas em 1 hora em muitas de suas lojas espalhadas pelo país.

As marcas que oferecem um serviço de entrega rápido florescem.

Em um ambiente cada vez mais digital e competitivo, a entrega no mesmo dia ou no dia seguinte não é apenas uma boa vantagem, mas uma necessidade.

Recommerce: a ascensão da sustentabilidade nas compras

De brechós a butiques de luxo, há todo um espectro de empresas que seguem um modelo de recommerce.

A princípio, você diria que isso nada mais é do que uma roupagem diferente a um processo comum, que é o modelo de revenda de bens usados.

Porém, o modelo de revenda vem ganhando mais atenção no comércio virtual por atrelar as marcas à necessidade de práticas sustentáveis.

À medida que os clientes ficam cada vez mais interessados por esse desafio, os varejistas simplesmente não podem ignorá-lo.

Na indústria da moda, uma das principais respostas ao anseio por sustentabilidade é o recommerce.

Espera-se que essa tendência nos leve a uma realidade em que menos roupas serão produzidas em geral.

Como resultado, o número de recursos que precisam ser enterrados ou incinerados diminui, assim como a poluição causada pela indústria da moda.

Roupas e vestuário de segunda mão ocupam a maior fatia do mercado de revenda, devendo chegar a mais de 51 bilhões de dólares em 2023, segundo levantamento da Resale Report. Outros setores populares de revenda incluem artigos domésticos, colecionáveis e arte.

Realidade aumentada

A Realidade Aumentada (AR) é uma tecnologia que sobrepõe uma imagem gerada na internet à visão do mundo real.

A ideia principal é combinar o virtual e o real e dar a ilusão de uma integração perfeita para o usuário.

Por meio da realidade aumentada, o consumidor pode experimentar itens onde quer que esteja, ou até mesmo colocá-los em seu ambiente para ver como eles se adaptam.

Com essa tecnologia, existe uma excelente oportunidade de os vendedores virtuais fidelizarem, atraírem clientes e impulsionarem as compras.

Nos últimos anos, um dos melhores exemplos de realidade aumentada aplicada no e-commerce esteve no setor de moda e beleza com o provador virtual.

Desde que a internet se consolidou como um ambiente de comércio, as empresas de moda trabalham em alguma forma de tecnologia que permite aos compradores “experimentar” roupas no conforto de suas casas.

E muitos aderiram à ideia de resolver esse desafio por meio de uma mistura de realidade aumentada, inteligência artificial, câmeras e outros sensores.

Agora, os clientes podem experimentar virtualmente os itens de vestuário ou produtos de beleza sem tocar fisicamente neles.

Removendo uma das principais barreiras para as compras online, espera-se que o provador virtual e outras tecnologias que utilizam a realidade aumentada se tornem ainda mais populares no próximo ano.

Inteligência artificial e Big Data

Big Data e AI (Inteligência Artificial) não são mais assuntos que sobrevivem apenas na ficção científica.

Agora, tornaram-se parte das ferramentas de otimização de desempenho na rotina das lojas virtuais.

E, para os próximos anos, a tendência é que isso continue.

Durante o período de 2019 a 2021, cerca de 13% das empresas demonstraram utilizar a inteligência artificial nas suas rotinas, de acordo com os dados da 14ª edição da TIC Empresas, do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). 

Segundo o levantamento, dentre as principais aplicações da AI, estão a automatização do fluxo de trabalho (73% das empresas) e o reconhecimento e processamento de imagens (32%).

As empresas também estão usando ferramentas de big data e inteligência artificial para personalizar a experiência de compra dos clientes.

Afinal, já é possível obter dados de seus visitantes e clientes para ver quais produtos são os mais populares e quando seus sites experimentam grandes picos de demanda.

Com os dados sobre o comportamento dos usuários, fica mais fácil fazer coisas como orientar a recomendação de produtos aos consumidores e otimizar serviços de suporte.

Meios de pagamento instantâneos

Como mencionado anteriormente, um checkout perfeito ajuda seu negócio a aumentar as vendas.

Mas também queremos dizer que a tendência não é apenas reduzir as etapas até o checkout, mas ter um menu diversificado de métodos de pagamento.

As marcas que têm se destacado nos últimos anos estão aderindo aos meios de pagamentos instantâneos, como o Pix e as carteiras digitais.

Apesar de ter sido lançado recentemente, no ano de 2020, o PIX já está no pódio dos meios de pagamentos mais utilizados no Brasil.

Portanto, ignorar a popularização desse meio de pagamento no comércio virtual pode aumentar o risco de perder clientes daqui para frente.

Já as carteiras digitais têm tornado mais fácil para os clientes fazer compras online, eliminando a necessidade de inserir repetidas vezes detalhes de cartão ou conta bancária. 

Para os lojistas, a facilidade da carteira digital pode significar mais vendas.

Com detalhes de pagamento e informações de envio armazenados na carteira, os clientes se sentem mais confortáveis finalizando a compra com apenas um ou dois cliques.

Pesquisa por voz

Mais e mais pessoas realizam pesquisas por voz no Google hoje em dia.

O que antes era considerado uma novidade, agora está se tornando a norma.

Resumidamente, a pesquisa por voz permite que os usuários façam pesquisas na internet usando a voz, em vez de digitar manualmente as palavras em um mecanismo de busca.

A usabilidade e a simplicidade da pesquisa por voz parecem ser características que atraem os consumidores.

De acordo com dados do Google, 72% das pessoas que possuem um alto-falante ativado por voz dizem que usam a tecnologia em seus aparelhos de forma diária.

As pesquisas por voz são mais precisas, e por isso é importante que as lojas virtuais procurem se adaptar a essa tendência, principalmente ao descrever os produtos.

Recomendamos que use palavras-chave nas descrições, responda às perguntas de forma concisa e escreva textos otimizados com as técnicas de SEO.

Chegamos ao final da nossa lista das principais tendências do e-commerce para 2023.

É essencial que você se adapte a uma ou mais das tendências acima se quiser melhorar sua estratégia de negócios no comércio virtual e aumentar as vendas no próximo ano.

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