Loja física e virtual: entenda quais são as diferenças na gestão

Em 2016, o e-commerce no Brasil registrou um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, mesmo com a crise econômica. Os […]

Em 2016, o e-commerce no Brasil registrou um crescimento de 11% em relação ao ano anterior, mesmo com a crise econômica. Os bons resultados fazem com que mais vendedores queiram integrar loja física e virtual e assim beneficiar-se desse cenário positivo.

No entanto, antes de abrir uma loja virtual do zero deve-se pesquisar e conhecer quais são as particularidades desse segmento, uma vez que existem diversas diferenças de gestão entre lojas físicas e virtuais.

Aprenda mais com o quadro Escola Responde:

 
 

Quais as diferenças de gestão entre a loja física e virtual?

Conhecer as especificidades de gestão de e-commerce permite que o profissional inicie a atuação online com mais segurança e diminui os riscos do investimento.

Para auxiliar nesse processo, selecionamos oito diferenças que devem ser consideradas antes de iniciar uma atuação online.

1. Plataforma de vendas

A primeira diferença substancial é a plataforma de vendas. Enquanto atuando apenas em loja física a venda pode ocorrer em casa, em salões etc. na internet é necessário pesquisar quais as plataformas existentes e quais atendem melhor as demandas do vendedor atualmente.

Algumas empresas disponibilizam plataformas específicas para venda de mercadorias, como ter uma loja virtual, um site próprio etc. Também é possível optar por marketplaces, que são plataformas já consolidadas para vendas.

O principal benefício é ter uma única interface para gerenciamento da loja virtual. Dessa forma é possível migrar de uma venda amadora na internet para uma atuação mais profissional, sem ter que realizar altos investimentos.

2. Cuidados com fraudes

Nas lojas físicas a ocorrência de fraudes já representa um problema, entretanto, no ambiente digital o vendedor está muito mais suscetível a essas situações e deve pensar em mecanismos de prevenção.

Uma opção para prevenir a ocorrência de fraudes é usar um intermediador de pagamento. Com isso o vendedor inibe problemas, pois a ferramenta garante a gestão de riscos e fraudes, impedindo compras ilegais. Alguns exemplos de intermediadores são Paypal, PagSeguro, Moip etc.

3. Gestão do estoque

Ao iniciar uma atuação digital sem garantir uma gestão de estoque eficaz, corre-se o risco de vender produtos sem que haja estoque e assim prejudicar o relacionamento com o cliente por atrasar a entrega ou não entregar.

O mais indicado é usar uma plataforma de vendas que permita um controle  de estoque automatizado, sendo que a própria ferramenta faz a contagem das mercadorias, vendas e atualiza os dados em tempo real, evitando vendas perdidas.

4. Relacionamento com o cliente

Em uma loja física o relacionamento com o cliente acontece de uma forma próxima. Quando finalizada a venda, encerra-se o processo. Entretanto, na internet, após a venda tem-se a fase de entrega, acompanhamento e, em muitos casos, avaliação do cliente.

Portanto, ao iniciar uma loja virtual é necessário pensar em estratégias de relacionamento com o cliente, meios pelos quais o consumidor pode entrar em contato antes ou depois da venda e formas de manter o cliente engajado com a marca.

No e-commerce é sempre fundamental manter uma página de contato e facilitar as opções para o cliente entrar em contato caso seja necessário, melhorando a experiência do usuário.

5. Controle do fluxo de caixa

Diferentemente do acesso diário ao caixa permitido pela loja física, no e-commerce o dinheiro não fica “acessível”, nem por isso não deve existir um rígido controle de caixa.

Saber quanto a empresa tem faturado diariamente, quais os gastos e investimentos possíveis, quanto a empresa tem em caixa são informações essenciais.

Devido à variedade das opções de pagamento, é essencial integrar as informações, fazendo com que seja possível fazer o controle de caixa por meio de uma única plataforma ou ferramenta.

6. Formas de pagamento

Como afirmamos, a loja virtual exige que o vendedor conheça quais são as diferentes opções de pagamento e invista na variedade delas. Entre as formas de pagamento mais comuns destacam-se:

  • Cartão de crédito e débito;
  • Boletos bancários;
  • Intermediadores;
  • Virtual wallets.

A limitação das formas de pagamento disponíveis pode tornar-se um problema real para o e-commerce e diminuir as vendas. Devido à possibilidade de comparação simultânea do meio digital, o consumidor optará pela loja que além de um preço mais atraente, ofereça um meio de pagamento mais seguro e fácil para ele.

7. Estratégias para atração de clientes

Para atrair mais clientes para o e-commerce pensar em formas digitais de publicidade é essencial. No caso da internet, diversas estratégias de marketing digital podem ser adotadas.

Caso a marca ainda esteja com uma limitação de orçamento, é possível optar por opções mais econômicas, como criar uma página da marca nas redes sociais ou iniciar uma estratégia de links patrocinados.

Independente da forma de divulgação, a alta concorrência na internet faz com que seja necessário desenvolver ações para atrair os consumidores.

8. Exposição das mercadorias

Enquanto na loja física a proximidade do consumidor com a mercadoria permite que ele experiente, toque e avalie o produto, na internet o vendedor é o responsável por apresentar o produto ao cliente.

É indicado investir em fotos de qualidade do produto, valorizando diversos ângulos para que o consumidor possa ter uma experiência satisfatória com o produto e, assim, comprá-lo. Fotos de baixa qualidade e de apenas um ângulo podem desvalorizar a mercadoria e não interessar ao cliente.

Além do aspecto visual da mercadoria, é necessário criar descrições dos produtos com o máximo de detalhes possíveis, como informações técnicas, formas de uso, o que está incluso na compra etc. Outros dados importantes são: cores disponíveis, tamanho (principalmente em caso de roupas e sapatos), garantia do produto etc.

Quando iniciar uma loja virtual?

Ainda que pareça que a gestão de uma loja virtual é muito complexa, ela permite a automação de diversos processos, o que nem sempre é possível em lojas físicas.

As diferenças existem, mas pesquisando e informando-se sobre as particularidades de cada segmento é possível diminuir riscos do investimento e garantir a independência profissional atuando de forma estabilizada e consistente na internet.

Caso tenha experiência em varejo e deseja iniciar uma atuação em e-commerce, pesquisar e conhecer as especificidades e diferenças de gestão da loja física e virtual é o primeiro passo para ter sucesso no empreendimento.

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